Razões para crer que Jesus Cristo é o Messias de
Israel
A profecia bíblica é a chave para se entender tanto
o passado quanto o futuro. Embora aos cépticos ela talvez pareça uma pretensão
absurda, é facilmente comprovada. Porque a maior parte das profecias registradas na Bíblia já
se cumpriram, fica muito simples determinar se essas profecias são ou não são
confiáveis.
Dois importantes assuntos da profecia deslizam
consistentemente através das Escrituras. 1) Israel; 2) O Messias que vem para
Israel e através de Israel para o mundo, como Salvador de toda a humanidade. Ao
redor destes dois temas centrais quase todas as demais profecias se desenrolam
e encontram o seu significado, seja o Arrebatamento da Igreja, o Anticristo,
seu governo e religião vindouros, o Armagedom, a Segunda Vinda de Cristo, ou
qualquer outra ocorrência profética. A Bíblia é absolutamente única na
apresentação dessas profecias, as quais ela registra com detalhes específicos,
começando há mais de 3.000 anos.
Cerca de 30% da Bíblia é dedicado à profecia. Esse
fato torna válida a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado.
Em contraste marcante a profecia está completamente ausente no Corão, Vedas
Hindu, Baghavad Gita, Ramayana, palavras de Buda e Confúcio, Livro de Mórmon,
ou quaisquer outros escritos das religiões mundiais. Esse fato isolado já provê
um inegável selo de aprovação divina e mesmo milhares de anos antes deles
acontecerem, o Deus da Bíblia prova ser o único Deus verdadeiro, Criador do
universo e da humanidade, o Senhor da História - e que a Bíblia é a Sua palavra
infalível, dada a fim de comunicar os seus propósitos e meio de salvação a
todos os que crerem. Aqui está uma prova tão simples que uma criança pode
entender e tão profunda que os maiores gênios não podem refutar.
A profecia desempenha, então, um papel vital ao
revelar o propósito de Deus para a humanidade. Ela também fornece uma prova
simples na identificação do verdadeiro Messias de Deus, ou Cristo, e desmascara
o impostor Satanás, o Anticristo, de maneira que ninguém que absorva a Palavra
de Deus venha a ser por eles enganados.
Entretanto, por ser a profecia única na Bíblia, ela
é única para Cristo. Profecia nenhuma narrou a vinda de Buda, Maomé, Zoroastro,
Confúcio, Joseph Smith, Mary Baker Eddy, os populares gurus hindus que têm
invadido o Ocidente, ou qualquer outro líder religioso, todos eles sem as
credenciais que distinguem Jesus Cristo. Também há mais de 300 profecias do
Velho Testamento que identificam o Messias de Israel. Séculos antes de sua
vinda os profetas hebreus estabeleceram critérios específicos que deveriam ser
preenchidos pelo Messias. O cumprimento dessa profecias nos mínimos detalhes da
vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré demonstram indiscutivelmente ser
Ele o prometido por Deus, o verdadeiro e único Salvador.
Além do mais, como estes dois itens importantes da
profecia bíblica, Israel e o Messias, têm sido tratados em alguns dos meus
outros livros, principalmente em "Quanto Tempo Nos Resta?",
vamos resumir aqui rapidamente. Em Isaías 43:10, o Deus de Israel declara que
os judeus são Suas testemunhas ao mundo de que Ele é Deus. Tal é o caso, apesar
de 30% dos israelitas hoje afirmarem ser ateus e a maior parte dos judeus do
mundo inteiro jamais achar que Deus existe. Mesmo assim eles são testemunhas,
tanto para si mesmos como para o mundo da Sua existência em razão do espantoso
cumprimento na história exatamente do que Deus falou que iria acontecer a esse
povo especial.
O Povo Escolhido. Sua Terra
e Destino
Embora muitas das profecias narradas com respeito a
Israel ainda sejam para o futuro, nove profecias importantes envolvendo
detalhes específicos e verificáveis já se cumpriram, exatamente como fora
previsto séculos antes.
1. Deus
prometeu uma terra e fronteira claramente definidas (Gênesis 15:18-21) a Abraão
(Gênesis 12:1; 13:15; 15:7, etc.) e renovou tal promessa a Isaque, filho de
Abraão (Gênesis 26:35), ao seu neto Jacó (Gênesis 28:13) e aos seus
descendentes para sempre (Levíticos 25:46; Josué 14:9, etc.).
2. É um
fato histórico que Deus trouxe esse "povo escolhido" (Êxodo7:7-8;
Deuteronômio 7:6; 14:2, etc.) à Terra Prometida, quando incríveis milagres
aconteceram.
3. Quando os judeus entraram na Terra Prometida,
Deus os advertiu que se eles praticassem a idolatria e imoralidade dos
habitantes primitivos, os quais Ele havia destruído por praticarem o mal
(Deuteronômio 9:4). Ele os lançaria também para longe (Deuteronômio 28:63; 1
Reis 9:7 e 2 Crônicas 7:20, etc.) . Que isso aconteceu é novamente inegável
pela história.
Até aí a história é arduamente comprovada. Outros
povos haviam crido que uma certa área geográfica era a sua Terra Prometida e
depois de entrarem foram mais tarde expulsos pelos inimigos. As próximas seis
profecias, porém, e o seu cumprimento são absolutamente únicos na história dos
judeus. A ocorrência desses eventos, exatamente como foram profetizados, jamais
pode ter acontecido por acaso.
4. Deus
declarou que o seu povo seria espalhado "entre todos os povos, de uma
até à outra extremidade da terra" (Deuteronômio
28:64; conf. 1 Reis 9:7; Nehemias 1:8; Amós 9:9; Zacarias 7:14, etc.). E assim
aconteceu. O "judeu errante" é encontrado em toda parte. A precisão
com que essas profecias aconteceram aos judeus se tornou marcante, porque segue
cumprimento após cumprimento, até que a existência de Deus através do trato com
o Seu povo escolhido se torne irrefutável.
5. Deus
os admoestou que onde quer que vagassem, os judeus seriam "pasmo,
provérbio e motejo entre todos os povos", (Deuteronômio 28:37; 2
Crônicas 7:20; Jeremias 29:18; 44:8, etc.). Incrivelmente isso tem se tornado
verdadeiro a respeito dos judeus através de toda a história, exatamente como a
geração presente pode muito bem constatar. A maledicência, a promiscuidade, o
desprezo, as piadas, o ódio violento chamado anti-semitismo, não apenas entre
os Muçulmanos, mas até mesmo entre os que chamam Cristãos, é um fato único e
persistente na história peculiar do povo judeu. Mesmo hoje, apesar da freqüente
memória do Holocausto de Hitler, que chocou e envergonhou o mundo inteiro, como
um desafio à lógica e à consciência, o anti-semitismo está vivo e recrudesce em
todo o mundo.
História de
Perseguição
Além do mais, os profetas declararam que esse povo
espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas
6. seria
perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra, fato que a
história atesta com eloqüente testemunho, o que tem exatamente acontecido aos
judeus, século após século, onde quer que se encontrassem. O registro histórico
de nenhum outro grupo étnico ou nacional de pessoas contém algo que ao menos se
aproxime do pesadelo de terror, humilhação e destruição que os judeus têm
suportado na história, pelas mãos dos povos entre os quais foram espalhados.
Vergonhosamente, muitos que afirmam ser Cristãos e,
portanto, seguidores de Cristo, que era um judeu, estavam na primeira fila da
perseguição e extermínio dos judeus. Havendo ganho completa cidadania no
Império Romano pagão, em 212 d.C., sob o Édito de Caracalla, os judeus se
tornaram cidadãos de segunda classe e objeto de incrível perseguição, depois
que o Imperador Constantino supostamente se tornou cristão. A partir daí, foram
os que se chamavam cristãos, os que se tornaram mais cruéis com os judeus do
que os pagãos jamais haviam sido.
Os papas católicos romanos foram os primeiros a
desenvolver o anti-semitismo ao máximo. Hitler, que permaneceu católico até o
fim, afirmaria que estava apenas seguindo o exemplo dos Católicos e dos
Luteranos em concluir o que a Igreja havia começado. O anti-semitismo fazia
parte do Catolicismo, do qual Martinho Lutero jamais se libertou. Ele advogava
que se incendiassem as casas dos judeus, dando-lhes a alternativa de se
converterem ou ficarem sem a língua. (1) Quando os judeus de Roma foram
libertados de seus guetos pelo exército italiano, em 1870, sua liberdade
finalmente durou depois de cerca de 1.500 anos de inimaginável humilhação e
degradação nas mãos dos que afirmavam ser os Vigários de Cristo. Papa nenhum
odiou os judeus mais do que Paulo IV (1555-1559), cuja crueldade foi além da
imaginação humana. O historiador católico Peter de Rosa confessa que uma
completa "sucessão de papas reforçou os danos contra os judeus,
tratando-os como leprosos, indignos da proteção da lei. Pio VII (1800-1823) foi
sucedido por Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI e Pio IX (1846-1878). Todos eles
discípulos de Paulo IV (2) O historiador Will Durant nos lembra que Hitler teve
bons precedentes para a suas sanções contra os judeus:
(O) Conselho (católico romano) de Viena(1311)
proibiu qualquer transação entre cristãos e judeus. O Conselho de Zamora (1313)
estabeleceu que se proibissem os cristãos de se associarem aos judeus... E
levou as autoridades seculares (como a Igreja havia há muito reforçado em Roma
e estados papais) a confinar os judeus em quarteirões separados (guetos) e
compeli-los a usar um distintivo (antes havia sido um chapéu amarelo) e
assegurar sua freqüência aos sermões para que se convertessem. " (3)
Preservação e
Renascimento
Deus declarou que apesar de tais perseguições e
periódicos massacres,
1. Ele
não permitiria que o seu povo fosse destruído, mas o preservaria como um grupo
étnico e nacional identificável (Jeremias 30:11; 31:35-37, etc.). Os judeus
tinham toda razão de se interligarem através de casamentos, para mudar seus
nomes e esconder sua identidade, de qualquer maneira possível, a fim de
escaparem à perseguição. Por que preservar sua linha sangüínea se não possuíam
uma terra deles, quando a maioria não cria literalmente na Bíblia e quando a
identificação racial só lhes trazia as mais cruéis desvantagens?
2. Deixar
de se interligar em casamentos não fazia sentido. Absorção por aqueles entre os
quais se achavam teria parecido inevitável, de modo que um pequeno traço dos
judeus como povo distinto não permanecesse até hoje. Além disso, esses
desprezíveis exilados haviam sido espalhados por todos os cantos da terra por
2.500 anos, desde a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 ª C.
Poderia a tradição ser tão forte sem uma fé real em Deus? Contra todas as
previsões, os judeus se conservaram um povo distinto, depois de todos esses
séculos. Este fato é um fenômeno sem paralelo na história e absolutamente
peculiar aos judeus. Para a maioria dos judeus que viviam na Europa, a lei da
Igreja tornou impossível o casamento interligado sem uma conversão ao
Catolicismo Romano. Aqui mais uma vez a Igreja Católica desempenhou um papel
infame. Durante séculos era pecado mortal, sob a jurisdição dos papas, um judeu
casar-se com um cristão, evitando-se, assim, os casamentos mistos, mesmo entre
os que o desejassem. A Bíblia diz que quando Deus determinou guardar o seu povo
escolhido separado para Ele próprio (Êxodo 33:16; Levíticos 20:26, etc.), Ele o
fez porque
3. Ele
os traria de volta à sua terra nos últimos dias (Jeremias 30:10; 31:8-12;
Ezequiel 36:24; 35:38, etc.), antes da Segunda Vinda do Messias. Essa profecia
e promessa há tanto esperada foi cumprida com o renascimento de Israel em sua
Terra Prometida. Isso aconteceu em 1948, quase 1.900 anos após a Diáspora
final, na destruição de Jerusalém, no Ano 70 d.C., pelos exércitos romanos
liderados por Tito. Essa restauração de uma nação, depois de 25 séculos, é
absolutamente espantosa, um fenômeno sem paralelo na história de qualquer outro
povo e inexplicável por meios naturais e muito menos pelo acaso. Mais notável é
que
4. Deus
declarou que nos últimos dias, antes da segunda vinda do Messias, Jerusalém se
tornaria "um cálice de tontear... uma pedra pesada para todos os
povos" (Zacarias
12:2-3) . Quando Zacarias fez esta profecia, há 2.500 anos, Jerusalém
permanecia em ruínas e cheia de animais selvagens. A profecia de Zacarias
parecia uma grande loucura, mesmo após o renascimento de Israel em 1948. Pois
hoje, exatamente como foi profetizado, um mundo de quase 6 bilhões de pessoas
tem os seus olhos voltados para Jerusalém, temendo que a próxima Guerra
Mundial, se explodir, seja travada sobre essa pequenina cidade. Que incrível
cumprimento da profecia!
Nenhuma Explicação
Normal
Israel ocupa 1/6 de 1% da área de terra que os
árabes possuem. Os árabes têm o petróleo, riquezas e a influência mundial que
tais recursos parecem comandar exaustivamente. Não apenas no mapa mundial
Israel é uma peça dificilmente discernível, como lhe faltam todas as coisas
para que se torne o centro da atenção mundial. Entretanto, apesar de tudo isso,
ela é o foco da atenção mundial, exatamente como foi profetizado.
Jerusalém é uma pequenina cidade sem importância ou
localização estratégica. Mesmo assim, os olhos do mundo inteiro estão sobre ela
mais do que sobre qualquer outra cidade. Jerusalém se tornou realmente uma
pedra pesada ao redor do pescoço de todas as nações do mundo, o problema mais
irritante e volátil que as Nações Unidos hoje enfrentam. E não há explicação
lógica para isso. O que os profetas hebreus declararam há milhares de anos e
que parecia absolutamente fantástico em seu tempo, está se cumprindo hoje. Essa
é apenas uma parte da evidência, como veremos, de que os "últimos
dias" profetizados estão chegando para nós e que a nossa geração talvez
veja o restante da profecia cumprida.
As profecias acima delineadas (para não citar
várias outras), têm sido assunto de registro público nas páginas da Escritura e
têm estado disponíveis para exame cuidadoso durante séculos. Que elas se tenham
cumprido com detalhes não pode ser obra do acaso, mas em verdade a prova
evidente da existência do Deus que inspirou a Bíblia, provando a autenticidade
e infalibilidade desse Livro. Em vista de tais esclarecimentos e admirável
evidência, podemos gentilmente admitir que nenhum agnóstico ou ateu tenha se
atrevido a ler as profecias bíblicas e as tenha checado pessoalmente com a
história e eventos atuais.
Existem profecias adicionais concernentes a Israel
e Jerusalém, que se referem aos últimos dias, as quais ainda aguardam futuro
cumprimento. Entretanto, podemos estar certos, baseados nas profecias que já se
cumpriram, que estas também vão se realizar em um futuro não muito distante. O
tempo mais aterrador de destruição para os judeus e também para toda a
população mundial ainda está por vir. Ele se chama "o tempo das dores
de Jacó" (Jeremias 30:7) .
Com espantosa precisão a Bíblia não menciona
Damasco, Cairo, Londres, Paris, como centro da ação dos últimos dias, mas
apenas duas cidades específicas: Jerusalém e Roma. Elas são divergentes, têm
sido inimigas desde a época dos Césares, e notavelmente continuam rivais ainda
hoje pela supremacia espiritual. A Roma Católica reivindica ser a "Cidade
Eterna" e a "Cidade Santa", títulos que a Bíblia deu a
Jerusalém. Roma ainda afirma que é a "Nova Jerusalém", provocando um
conflito direto entre a as promessas de Deus concernentes à verdadeira Cidade
de Davi. Têm-se passado 2.000 anos de tensão e antagonismo entre Roma e
Jerusalém. Durante quase 46 anos, após o renascimento de Israel em 1948, o
Vaticano se recusou a reconhecer esse pais. Essa animosidade não foi apagada
pela recente abertura que o Vaticano fez apenas como expediente para se
aproximar de Israel. Roma quer exercer influência sobre a futura Jerusalém, a
qual ela ainda insiste que se torne uma cidade internacional sobre a qual
Israel não tenha mais direito do que qualquer outra nação.
Com espantosa precisão a Bíblia identifica
Jerusalém e Roma como os pontos focais dos eventos profetizados para os últimos
dias. Ambas vão ter sua parte no julgamento de Deus. Exige-se pouco mais do que
atenção casual sobre as notícias diárias para se reconhecer a precisão da
profecia. Aqui também, no que a Bíblia diz sobre Roma e a Cidade do Vaticano,
temos evidência adicional de que este Livro é a Palavra de Deus - evidência que
examinamos em detalhes.
"Varões Israelitas, atendei a estas palavras:
Jesus, o Nazareno... sendo entregue pelo determinado desígnio e presciência de
Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos" (Atos 2:22-23).
"Paulo... por três sábados arrazoou com eles
(os judeus em sua sinagoga) acerca das Escrituras... que o Cristo padecesse e
ressurgisse dentre os mortos.. é o Cristo (Messias) Jesus que eu vos anuncio" Atos 217:2-3 (Paulo num sermão de praxe) .
Uma Conspiração de
Páscoa?
As profecias concernentes ao segundo tema mais
importante da Bíblia, a vinda do Messias, são sempre mais numerosas do que as
referentes a Israel. Essas profecias também têm sido tratadas com a mesma
extensão em meus livros anteriores, de modo que vamos apenas resumir
rapidamente algumas delas aqui. Mesmo a maioria dos críticos anti-cristãos, que
negam categoricamente que Jesus de Nazaré seja o Salvador do mundo, admite que
muitas das profecias messiânicas se cumpriram em sua vida e crucificação. Na
tentativa de explicar o significado desse fato, algumas teorias bizarras têm
sido inventadas.
Típicos de tais tentativas foram um livro e um
filme (sem grande sucesso), de alguns anos atrás, intitulados "A
Conspiração de Páscoa". Sua tese foi que Jesus, conhecendo algumas das
profecias messiânicas do Velho Testamento, conspirou com Judas para
realizá-las, a fim de dar a entender que ele era o Messias prometido.
Contradição
Inconsistente?
Obviamente teria sido ridículo que Jesus se
deixasse crucificar, a fim de convencer um pequeno bando de seguidores incultos
e ineptos de que Ele era o Cristo. De fato, nem seus discípulos nem qualquer
outro judeu, inclusive João Batista, poderia crer (embora as provas fossem
claras, conforme Cristo sempre explicou) que o Messias seria crucificado. Pelo
contrário sua morte até pareceu uma prova de que Ele nãoera o Messias,
cumprindo, assim, as profecias referentes à sua crucificação, ao pé da letra,
como Ele o fez, não sendo esse o meio de adicionar o que se seguiria. De fato,
a morte de Cristo em cumprimento da Sagrada Escritura foi para pagar a
penalidade dos nossos pecados.
A profecias referentes à sua morte (Salmo 22:16;
Isaías 53:5; 8:10; Zacarias 12:10, etc.) eram evitadas pelos judeus como
mistérios impenetráveis, pois pareciam totalmente acidentais em relação a
outras profecias declarando claramente que o Messias subiria ao trono de Davi e
governaria um reino magnífico. Como poderia o Messias estabelecer um reino de
paz sem fim (Isaías 9:7) e ainda ser rejeitado e crucificado pelo seu próprio
povo? Parecia impossível. E mesmo quando Jesus explicou esse fato ao correr do
tempo, ninguém conseguiu entendê-lo. Mas haveria a ressurreição para abrir os
olhos deles.
Além de Um Mero Homem
Sim, houve algumas profecias com as quais Jesus de
Nazaré poderia ter conspirado com Judas ou outros para realizar. A maior parte
das profecias, contudo, estava além do controle de um mero homem. Por exemplo,
nascer em Belém, da semente de Davi, era um dos principais requisitos para o
Messias. O tempo do nascimento do Messias, também, conforme profetizado, estava
além da influência de qualquer mortal comum. Seu nascimento teria de acontecer
antes do "cetro se arredar de Judá"
(Gênesis 49:10) enquanto o templo ainda estivesse de pé (Malaquias 3:17), enquanto
os registros genealógicos ainda estivessem disponíveis para provar a sua
linhagem (2 Samuel 7:12; Salmos 89, etc.) e antes do Templo e Jerusalém serem
destruídos (Daniel 9:26). Havia apenas uma estreita faixa de tempo durante a
qual o Messias poderia vir... E Ele veio. Como o apóstolo Paulo, um ex-rabino,
expôs de maneira eloqüente; "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gálatas 4:4).
Agora já é tarde demais para que o Messias realize sua primeira vinda.
Só pode haver uma segunda vinda, como a Bíblia declara. Mesmo assim os judeus
aguardam a primeira vinda do que eles pensarão ser o Messias, mas que na
realidade será o Anticristo.
O cetro de Judá foi arredado, desde cerca do ano 7,
quando os rabinos perderam o direito de executar a pena de morte. Esse direito
era crucial para a prática de sua religião, porque a morte era a penalidade
para certas ofensas religiosas. Quando Pilatos disse aos judeus que nada tinha
a ver com Jesus, e que eles mesmos o julgassem, os judeus responderam: "A nós não nos é lícito matar ninguém"
(João 18:31). O Messias teria de nascer antes que tal poder fosse perdido e
teria de morrer logo depois, para não morrer apedrejado, que era o modo de
execução dos judeus, enquanto o dos romanos era a crucificação. Incrivelmente
sua crucificação fora profetizada séculos antes que este meio de execução fosse
conhecido: "Traspassaram-me
as mãos e os pés" (Salmos 22:16) .
Obviamente, também, o Messias teria de nascer
enquanto ainda existissem os registros genealógicos, ou não haveria prova
alguma de que Ele descendesse de Davi. Esses arquivos se perderam com a
destruição do Templo em 70 d.C., acontecimento que tanto Daniel como Cristo
profetizaram (Mateus 24:2). Desde então seria tarde demais para o Messias vir,
embora a maioria dos judeus ainda aguarde o seu primeiro advento. Por outro
lado, os cristãos aguardam a segunda vinda, a qual também foi profetizada pelos
profetas judeus.
Cumprimentos Incríveis
Se Jesus tivesse conspirado para realizar as
profecias, Ele também teria levado Pilatos a condenar os dois ladrões a serem
crucificados com Ele, em cumprimento de Isaías 53:9. Ele também teria de saber
quais os soldados que estariam de serviço, a fim de os levar a dividir suas
vestes e "deitarem sorte
sobre sua túnica" (Salmos 22:18), a dar-lhe a beber vinagre
misturado com fel (Salmos 69:21), a traspassar seu lado com uma lança (Zacarias
12:10), em vez de lhe quebrar as pernas, como era o costume, mas que não
poderia ser feito ao Messias (Êxodo 12:46; Salmos 34:20) .
Onde os rabinos também tomaram parte na
conspiração? Foi porque eles pagaram a Judas exatamente 30 moedas de prata pela
traição, conforme profetizado em Zacarias, tendo sido esse dinheiro usado para
comprar um "campo de oleiro" para sepultar estrangeiros, quando Judas
o arremessou aos pés do templo, também profetizado em Zacarias 11:13? ? E por
que eles o crucificaram exatamente quando os cordeiros pascais estavam sendo
mortos em todo o Israel, em cumprimento de Êxodo 12:6? O cenário da Conspiração de Páscoa se mostra incrivelmente ridículo, quanto mais é
examinado.
Onde Jesus iria conseguir dinheiro para pagar a
multidão que o acompanhou a Jerusalém, saudando-o como o Messias, quando ele
montava um jumento - o último animal que se esperaria fosse escolhido para ser
montado por um rei, precisamente como fora profetizado em Zacarias 9:9? Era
Nisen 10 (06/04), 32 d.C., o dia exato que os profetas haviam declarado que
esse incrível evento iria acontecer - 483 anos até o dia (69 semanas de ano,
conforme Daniel 9:25 havia profetizado), em que Neemias, no vigésimo ano do
reinado de Artaxerxes Longimanus -(ª C. 465-425), tinha recebido (em Nisan 1,
445 ª C.) autorização para reconstruir Jerusalém (Neemias 2:1)! O cumprimento
por Jesus destas e outras profecias messiânicas nos mínimos detalhes não pode
ser nem de longe explicado.
Corpo Faltando. Túmulo
vazio
Além do mais, se Jesus tivesse tido sucesso na
"conspiração" para ser crucificado na data exata daquele tempo que
fora profetizado - apesar da determinação dos rabinos ao contrário - (Mateus
26:5; Marcos 14:2),- Jesus ainda teria de ressuscitar dos mortos. Nenhuma
"Conspiração de Páscoa", não importa quantos conspiradores
estivessem envolvidos, poderia executá-lo. Uma ressurreição de mentira não
teria sido suficiente para os seus seguidores propagarem o Cristianismo.
Somente se Ele morreu e ressuscitou teriam eles motivo e coragem para proclamar
o Seu Evangelho, em face das perseguições e martírios.
Os soldados romanos não dormiam em serviço. Se o
tivessem feito enquanto os discípulos furtaram o corpo, eles teriam sido
crucificados no dia seguinte, e também assim os discípulos pelo crime de
quebrar o selo no túmulo. E se os discípulos tivessem furtado o corpo e de
algum modo o mantido em lugar secreto, por que iriam eles morrer por uma
mentira? Eles eram tão covardes que nenhum deles teria desejado morrer pelo que
haviam crido ser a verdade. Mesmo assim, quase todos eles morreram como
mártires, declarando até o fim que eram testemunhas oculares da ressurreição de
Jesus. Nenhum deles tentou salvar a própria vida em troca da revelação do lugar
onde o corpo havia sido escondido. Simplesmente não existe maneira de explicar
um inegável túmulo vazio, exceto pela ressurreição.
O Hinduísmo, o Budismo, o Islamismo e nenhuma outra
religião do mundo pode ter a pretensão de afirmar que o seu líder ainda está
vivo. Para o Cristianismo, contudo, a ressurreição é o coração do evangelho. Se
Cristo não ressuscitou dos mortos, então tudo não passa de uma fraude. Não
mandou Jesus os seus discípulos seguirem para as longínquas Sibéria e África do
Sul, a fim de pregar a sua ressurreição? Ele os mandou começar por Jerusalém,
onde, se Ele não tivesse ressuscitado dos mortos, um pequeno passeio até o
túmulo, nos arredores da cidade, teria provado que Ele ainda estava morto. Como
os rabinos e o governador romano teriam adorado poder desacreditar o
Cristianismo, antes que ele se alastrasse. A maneira mais segura teria sido
colocar o corpo de Jesus bem à mostra, só que eles não puderam fazê-lo. O
túmulo seriamente guardado, de repente ficou vazio.
Entra Paulo de Tarso
As provas da ressurreição de Jesus são numerosas e
irrefutáveis, mas tendo já tratado desse assunto em outro lugar, mencionaremos
apenas uma - uma prova sempre visada. Que Cristo realmente ressuscitou dos
mortos é a única explicação para o fato de Saulo de Tarso, o maior inimigo do
Cristianismo, ter se tornado apóstolo. Um rabino novo e popular, Saulo ia a
caminho de grandes honrarias pelo seu papel de liderança em perseguir uma seita
aberrante, com detenção, prisão e martírio. Então, de repente ele se tornou um
dos cristãos mais desprezados e perseguidos e por causa disso foi detido várias
vezes, espancado e aprisionado. Certa ocasião, ele até foi apedrejado e
considerado morto. Finalmente foi degolado. Essa incrível reviravolta não faria
sentido ... a não ser que...
Por que trocar voluntariamente a popularidade pelo
sofrimento e eventual martírio? Paulo explicava ter encontrado o Cristo
ressurrecto, e o que havia morrido pelos pecados do mundo estava vivo e se
tinha revelado a ele. Esse testemunho, contudo, não foi suficiente em si para
provar que Cristo realmente estava vivo. Algo mais seria necessário.
Ninguém poderia duvidar da sinceridade de Paulo.
Isso foi demonstrado pelo seu desejo de sofrer e até morrer por Cristo. Uma
crença sincera, porém não era prova suficiente de que Cristo realmente
estivesse vivo. Seria possível Paulo ter sofrido uma alucinação e simplesmente
imaginado que Cristo lhe tinha aparecido e com ele falado e que ainda estava
vivo.
Os governadores romanos Felix e Festo, bem como o
Rei Agripa escutaram a narração de Paulo sobre o seu encontro sobrenatural e
tiveram a certeza de que ele era sincero, mas que estava enganado (Atos 24:26).
Essa explicação, contudo, não explica os fatos. A repentina intimidade de Paulo
com os ensinos de Cristo fornecem prova suficiente da ressurreição, que jamais
poderia ser explicada de outro modo.
Evidência Conclusiva
Paulo, que não havia conhecido Cristo antes dele
ser crucificado, de repente se tornou a maior autoridade no que Cristo havia
ensinado particularmente dentro do seu círculo de discípulos. Ele devia tê-lo
encontrado. Os apóstolos, que haviam sido pessoalmente instruídos por Cristo
durante vários anos, tinham de reconhecer que o seu antigo inimigo, Paulo, sem
consultar nenhum deles, sabia tudo que Cristo lhes havia ensinado e até tinha
"insights" mais seguros do que eles. Quando Paulo repreendeu Pedro
por ter errado, este submeteu-se à correção (Gálatas 2:11-14) .
"Recebi do Senhor o que também vos
entreguei..." (1 Coríntios 11:23),
era como ele iniciava sua explanação à Igreja de Corinto sobre o que acontecera
na Última Ceia e o que Cristo havia ensinado aos seus discípulos naquela
ocasião. Mesmo que Paulo não tivesse estado presente, ele não consultou nenhum
dos que haviam estado lá. "... Não
consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos
antes de mim..." (Gálatas 1:16-17) era
o testemunho seguro de Paulo. Que ele tenha se tornado de repente o apóstolo
principal e maior autoridade sobre o que Cristo havia ensinado, só poderia ser
explicado pelo fato dele ter sido instruído pelo Cristo ressurrecto, exatamente
como ele afirmava.
Sem consultar nenhum daqueles que haviam sido
discípulos de Cristo durante o seu ministério terreno, Paulo havia se tornado a
principal autoridade na doutrina cristã, como todos as igrejas teriam de
reconhecer. Ele escreveu a maior parte das Epístolas do Novo Testamento."Faço-vos,
porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem.
Porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de
Jesus Cristo" (Gálatas 1:11-12) era
o testemunho solene de Paulo. Não existe outra explicação se não a de ter
Cristo ressuscitado e instruído Paulo pessoalmente.
Razão de Confiança
O cumprimento das profecias acima mencionadas, bem
como dezenas de outras sobre a vida, morte e ressurreição de Cristo provam,
além de quaisquer dúvidas possíveis, que Ele é o Messias de Israel, o Salvador
do mundo. Ninguém pode examinar os fatos e permanecer em dúvida honesta (um
descrente honesto). Aqueles que se recusam a crer em face da extraordinária
evidência se tornam indesculpáveis.
Tomamos estas poucas páginas para estabelecer a
validade da profecia bíblica, com um propósito. Tendo em vista que o que a
Bíblia profetizou referente aos eventos do passado se cumpriu com 100% de
precisão, temos razão de sobra para crer que o que a Bíblia profetizou com
respeito ao futuro do mesmo modo se cumprirá.