Absinto Apocalipse 8
Há, na Palestina, várias espécies de absinto, sendo a mais conhecida
destas plantas o Artemísia absynthium dos botânicos – é uma planta de
qualidades medicinais, pertencente à família das compostas, também chamada
abrótano. Usavam-na os gregos em medicina, mas chamavam-lhe ‘amargor’. Aparece,
principalmente, nas costas arenosas, nos desertos, e sobre os montes
escalvados. A sua amargura dá origem a numerosas passagens figuradas da
Escritura. ‘Absinto e fel’ são figuras de uma vida amargurada pela aflição, pelo
remorso, e sofrimento punitivo. Sob esta figura, são os israelitas avisados por
Moisés contra a idolatria (Dt 29.18). Em termos semelhantes Salomão adverte o
jovem contra as más inclinações (Pv 5.4). Duas vezes emprega Jeremias a
referida palavra, como expressiva do castigo, que havia de cair sobre o Israel
idólatra e corrompido (Jr 9.15 – 28.16). E mais tarde lamenta a realização da
profecia, contemplando a desolação que se seguiu à tomada de Jerusalém (Lm
8.15, 19). A ‘estrela’ mística da visão apocalíptica, a qual se chamava
‘Absinto’, se descreve como caindo nas águas da terra, tornando-as mortalmente
amargas (Ap 8.11). A palavra traduzida por absinto, ou alorna, ou peçonha, é,
na língua hebraica, um nome de especial sentido, significando coisa angustiosa.
Em todos os casos usa-se o termo como sendo a planta o tipo daquelas ervas
venenosas ou amargas que impedem o crescimento das plantas benéficas (os 10.4 –
Am 6.12)
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