DEUS ODEIA O PECADOR, MAIS SUA VONTADE É QUE TODOS OS HOMENS SE SALVE EM jESUS CRISTO SEU FILHO...
O sentido do verbo grego ἀγαπάω (agapaó), ou do verbo hebraico אָהַב
(aheb), utilizado na Bíblia, detém um valor aristocrático, voltado para a
realidade do homem camponês da antiguidade, apontando para as relações que
envolviam os senhores e os servos, ou as relações familiares entre marido
e mulher, pais e filhos nos tempos antigos.
Em uma conversa
informal, um cristão afirmou: - “Deus odeia o pecado, mas ama o
pecador”! Não pude deixar de questionar: - “Está na
Bíblia”? Não obtive resposta!
É comum citações de
pensamentos de origem desconhecida, como se fossem uma verdade bíblica. Sermões
e pregações, em nossos dias, estão repletos de frases, pensamentos, provérbios,
como: - “Quem não vem pelo amor, vem pela dor”.
Quem cunhou a
frase ‘Deus odeia o pecado, mas ama o pecador’, não compreendia
verdades bíblicas essenciais, além de desconhecer o significado bíblico de
termos como ‘ódio’, ‘amor’, ‘pecado’ e ‘pecador’.
Para entender qual
a relação de Deus com o pecador, primeiro faz-se necessário entender o
significado dos termos ‘amor’ e ‘ódio’; após isso, abordaremos o significado de
‘pecado’ e ‘pecador’.
Amor e ódio
"Eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me
acharão" (Pv 8:17).
Segundo esse provérbio,
pergunta-se: - a quem Deus ama? A resposta é direta: - àqueles
que O amam!
Esse provérbio
trata do amor[1],
segundo os sentimentos ou as emoções humanas? Qual o melhor significado
para a palavra ‘amor’, segundo os termos utilizados pelos gregos? Eros, Fhilia,
Ágape? Deus exige do homem afeição, amizade, caridade?
Não! Absolutamente,
não! Deus não exige do homem que tenha afeição por Ele! Deus não está em busca
de amizade! Deus não quer caridade! Todos esses significados que se atribui ao
termo amor, não condizem com o que Deus requer do homem.
Mas, alguém pode
contra argumentar, dizendo: - “O termo grego ‘ágape’ define o amor
de Deus para com os homens e vice-versa”. Alto lá! Essa concepção, é
fruto de uma má leitura bíblica, engendrada por vários padres, influenciados
pela filosofia grega, como Agostinho, de Hipona e Tomás de Aquino, da Itália,
sendo que este pendia para a tradição aristotélica enquanto que, aquele, para
as ideias platônicas.
Diante de tantas
teorias, como amar a Deus? No que consiste o amor a Deus?
O sentido do verbo
grego ἀγαπάω (agapaó), ou do verbo hebraico אָהַב (aheb), utilizado na Bíblia,
detém um valor aristocrático, voltado para a realidade do homem camponês da
antiguidade, apontando para as relações que envolviam os senhores e os servos,
ou as relações familiares entre marido e mulher, pais e filhos nos tempos
antigos.
Quando lemos:
"Ninguém pode servir a dois
senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt 6:24).
Depreende-se do
texto que ‘amor’ está para sujeição a um senhor, assim como ‘ódio’ está para
insubordinação a outro senhor. Os termos não foram empregados para fazer
referências a sentimentos ou, emoções, mas, sim, para destacar a relação entre
senhor e servo.
Ama a Deus aquele
que O obedece, ou seja, que se sujeita a Ele, como servo obediente.
Jesus mesmo
disse: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me
manifestarei a ele" (Jo 14:21). "Se me amais, guardai
os meus mandamentos" (Jo 14:15). "Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a
minha palavra, meu Pai o amará, viremos para ele e faremos nele
morada" (Jo 14:23). "Quem não me ama, não guarda as minhas
palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me
enviou" (Jo 14:24).
Jesus não estava
exigindo que gostassem d’Ele! Na verdade, Jesus exigia que os homens se
sujeitassem a Ele, tomando sobre si o jugo d’Ele. "Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas" (Mt 11:29). “E por que me
chamais, SENHOR, Senhor, se não fazeis o que eu vos digo?” (Lc 6:46).
Jesus nos deixou
exemplo de como se ama a Deus: "Mas é para que o mundo saiba
que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos
daqui" (Jo 14:31).
Por conseguinte,
obediência é a essência do amor bíblico: "Porque este é o amor
de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são
pesados" (1Jo 5:3).
Quando os apóstolos
escreveram os Evangelhos e as cartas do Novo Testamento, o termo ἀγαπάω[2] (agapaó)
foi escolhido dentre outros por uma caraterística impar: não tinha um
significado específico e, raramente, era utilizado! A ideia do termo deriva do
seu significado básico: honra.
Quando é dito que
Deus ama os que O amam, é o mesmo que dizer que Ele honra aqueles que O
honram: "Portanto, diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu
que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim, perpetuamente;
porém, agora, diz o SENHOR: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram,
honrarei, porém os que me desprezam, serão desprezados" (1Sm 2:30).
É possível Aquele
que é amor, odiar?
O apóstolo João
afirma que Deus é amor, mas como compreender essa declaração acerca de Deus?
Comparemos os dois versos abaixo, considerando que ambos foram extraídos do
mesmo contexto:
"Qualquer que confessar que
Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele, em Deus" (1Jo 4:15);
"E nós conhecemos, e cremos
no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus e Deus
nele" (1Jo 4:16).
O apóstolo afirma
que quem confessar que Jesus é o Filho de Deus, significa que Deus está nele e
ele em Deus. Por conseguinte, o Pai e o Filho fizeram morada naquele que
confessa a Cristo. Mas, como o Pai e o Filho passam a fazer morada no homem?
Obedecendo a palavra de Cristo, ou seja, ao amá-Lo:
"Jesus respondeu e disse-lhe:
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, meu Pai o amará, viremos para
ele e faremos nele morada” (Jo 14:23).
Perceba que,
confessar a Cristo, é o mesmo que amar, obedecer e crer, e resulta em
salvação: "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Rm 10:9).
Por intermédio de
Moisés, Deus deixou bem claro que Ele faz misericórdia aos que o amam, ou seja,
àqueles que guardam os mandamentos de Deus.
"E faço misericórdia a
milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos" (Êx 20:6).
“Eu amo aos que me amam e os que
cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8:17)
O amor de Deus para
com os que O obedecem, não diz de um sentimento ou de uma emoção. O amor de
Deus para os que O amam é misericórdia, ou seja, bondade, benignidade,
fidelidade.
- “Deus
amou o povo de Israel”. Esta frase é verdadeira! Mas, como Deus amou os
filhos de Israel? R: guardando o juramento feito a Abraão, a Isaque e a Jacó.
“Mas, porque o SENHOR vos amava, e
para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão
forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).
O amor de Deus é
demonstrado na sua fidelidade à Sua palavra. Como Deus fez aliança com Abraão e
prometeu que ele seria pai de muitas nações, Deus ‘amou’ os filhos de Israel,
mantendo a palavra que falara a Abraão: resgatando-os da servidão do Egito (Gn
17:4-8).
Mas, apesar de Deus
demonstrar a sua benignidade, conforme a boa palavra que falara aos patriarcas,
Ele também odeia a todos os que praticam a maldade, ou seja, que não O
obedecem.
“Os loucos não pararão à tua
vista; odeias a todos os que praticam a maldade” (Sl 5:5);
“E retribui no rosto a qualquer
dos que o odeiam, fazendo-o perecer; não será tardio ao que o odeia; em seu
rosto lhe pagará” (Dt 7:10);
"Se eu afiar a minha espada
reluzente e se a minha mão travar o juízo, retribuirei a vingança sobre os meus
adversários e recompensarei aos que me odeiam" (Dt 32:41);
"Eis que o justo recebe na
terra a retribuição; quanto mais o ímpio e o pecador!" (Pv 11:31).
Enquanto o amor de
Deus é dar o que prometeu, segundo a sua palavra aos que O amam, o ódio de Deus
refere-se à sua retribuição a todos os que são ímpios e pecadores.
“Amai ao SENHOR, vós todos que sois
seus santos; porque o SENHOR guarda os fiéis e retribui, com abundância, ao que
usa de soberba” (Sl 31:23);
"Mas, o que pecar contra mim,
violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte" (Pv 8:36).
Quando a Bíblia
fala daqueles que odeiam a Deus, não fala de pessoas que tem um sentimento
rancoroso ou que falam impropérios contra Deus. O ódio a Deus decorre da
desobediência, de propagar o engano, ou seja, de pronunciar mentiras em nome de
Deus: "Efraim era o vigia com o meu Deus, mas o profeta é como um laço de
caçador de aves, em todos os seus caminhos e ódio na casa do seu Deus" (Os 9:8).
Não basta dizer:
- “Deus existe”; “Deus é bom”; “Eu amo a Deus”; “Vive o Senhor”,
etc., mas não fazer o que Ele manda. Os filhos de Israel eram religiosos,
legalistas, moralistas e ritualistas e tinham a lei chegada à boca, mas longe
do coração: "Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, com
a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para
longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em
que foi instruído" (Is 29:13).
Quando Jesus faz
referência aos que O odiaram, diz daqueles que não O obedeceram, pois não
creram em Cristo, por consequência, não creram em Deus. Quem crê em Cristo,
obedeceu a Deus, ou seja, amou a Deus. Mas, quem não crê em Cristo,
desobedeceu, tanto a Cristo, quanto a Deus, ou seja, odiou tanto o Filho,
quanto o Pai: “Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu, entre eles, não
fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito, não teriam pecado; mas agora,
viram-nas e me odiaram a mim e a meu Pai. Mas é para que se cumpra a palavra
que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa” (Jo
15:23-25). "Jesus clamou e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas
naquele que me enviou” (Jo 12:44).
Enquanto o amor do
homem para com Deus consiste em obediência ao seu mandamento, o amor de Deus,
diz do seu cuidado, expresso em um mandamento: "Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu
tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor" (Jo 15:10).
O amor de Deus é
proteção, cuidado, abrigo, fidelidade, como se lê:
"Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor" (Jo 15:10).
O apóstolo Paulo
expressa a essência do amor de Deus, nessas palavras:
“Palavra fiel é esta: que, se
morrermos com Ele, também com Ele viveremos; Se sofrermos, também com ele
reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; Se formos infiéis, ele
permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2:11 -13).
Pecado e pecador
No imaginário
popular, o pecado é representado por um fardo pesado que o pecador leva sobre
os seus ombros. Várias ilustrações e canções advertem os pecadores a
deixarem o fardo do pecado aos pés de Cristo. Mais um engano!
A Bíblia apresenta
o pecado com um senhor, não como um fardo: "Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo que, todo aquele que comete pecado é servo do
pecado" (Jo 8:34). Os servos do pecado pecam, por isso são nomeados
pecadores! Nas sociedades escravagistas a servidão era intrínseca ao escravo,
portanto, era impossível ao servo se separar do seu senhor.
A ilustração que
apresenta o pecado como um fardo não descreve a verdade das Escrituras, pois o
pecador é apresentado como quem tem autonomia para deixar o pecado (fardo) ao
pé da cruz e sair livre.
Além dessa figura,
há várias considerações equivocadas, acerca do pecado: “O pecado nasce no
coração do homem”. “O homem é uma fábrica de pecado”. “O homem não apenas, ama
praticar o pecado, como ele em si mesmo é o pecado”, etc.
O homem não é o
pecado, por não ser senhor de si mesmo. O pecado não é uma questão de gostar,
querer, etc., na verdade, é uma questão de sujeição. O pecado não nasce no
homem, antes o homem é concebido no pecado, ou seja, escravo do pecado.
Uma má leitura de
Tiago 1, versos 12 à 15, leva ao entendimento de que o pecado é gerado dentro
da pessoa, ou seja, em algum momento da existência do indivíduo o pecado nasce.
Erro gravíssimo de interpretação do versículo, pois o que gera o pecado é a
concupiscência, não o indivíduo.
O evento em que a
concupiscência deu a luz ao pecado, ocorreu no Éden, quando Eva foi tentada e,
ao observar o fruto da árvore do conhecimento, surgiu a concupiscência dos
olhos: olhou para a árvore do conhecimento do bem e do mal e entendeu que o
fruto era bom para comer, vez que agradou os seus olhos e considerou ser
desejável para dar entendimento.
O evangelista João
aponta três tipos de concupiscência: da carne, dos olhos e a soberba da vida
(1Jo 2:16). A concupiscência não é pecado, mas se deixar guiar por ela levará o
homem a sujeitar-se ao pecado. A prática reprovável não é o pecado, antes é uma
ofensa. O pecado é o senhor que o indivíduo se sujeita, após a ofensa
decorrente da concupiscência.
O pecado não é uma
‘simbiose’, antes, um senhor que utiliza o corpo do indivíduo como instrumento,
independentemente do tipo de ação que o indivíduo vier a praticar: "Nem
tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de
iniquidade, mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos e os vossos
membros a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm 6:13).
A concupiscência
que deu à luz ao pecado pela ofensa e que trouxe a morte a todos os homens,
iniciou-se com Eva e foi consumada por Adão. Tiago não estava tratando com os
pecadores, quando fez essa descrição do surgimento do pecado, mas com os
cristãos judeus (das doze tribos da dispersão). Esses cristãos estavam livres
do pecado, pois se fizeram servos da justiça, quando creram em Cristo (Rm
6:18).
Entretanto, se os
cristãos se deixassem levar por falsos discursos (a tentação que leva à
concupiscência), e não perseverassem na lei perfeita da liberdade, novamente
seriam presas do pecado, consequentemente, sujeitos à morte (Tg 1:22 e 25).
Cristo de nada aproveitaria aos cristãos das doze tribos da dispersão, caso se
deixassem levar por falsos discursos.
As Escrituras
apontam que o único modo de desfazer a sujeição do pecador ao pecado é através
da morte do pecador:
“Sabendo isto, que o nosso homem
velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para
que não sirvamos mais ao pecado” (Rm 6:6).
Não se separa o
pecado do pecador. É impossível punir o pecado ou deixar o pecador sem punição.
O pecador é instrumento do pecado, de modo que o pecador só peca por ser servo
do pecado.
O pecado (senhor)
entrou no mundo por causa da ofensa de Adão, e, em função do pecado, entrou a
morte, pela força que há na lei, que diz: “De toda a árvore do jardim
comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16-17).
Adão foi quem
ofendeu a Deus, porém, a consequência do seu ato (morte) passou a todos os seus
descendentes, por isso é dito que todos pecaram (Rm 5:12). Isso equivale a
dizer que todos se tornaram imundos, pecadores, não por suas próprias ações ou
omissões, mas, pelo fato de terem herdado essa condição de Adão: morte!
Equivocadamente, as
pessoas acham que os homens tornam-se pecadores porque fazem coisas
inconvenientes, contrárias à moral e aos bons costumes, ou, por transgredirem a
ordens legais. Na verdade, os homens são pecadores por causa da morte que lhes
foi transmitida. Todos pecaram, porque a morte passou a todos, e não porque
todos ofenderam a Deus: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
por isso que todos pecaram” (Rm 5:12).
Ocorreu somente uma
transgressão, e por meio dela entrou no mundo o pecado (senhor) e a morte
(aguilhão). O que prende o homem ao pecado é a morte, ou seja, a condenação
decorrente da ofensa de Adão (1Co 15:56).
"Porque, como pela desobediência
de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um,
muitos serão feitos justos" (Rm 5:19).
O salário que o
pecado (senhor) dará aos seus servos (pecadores) é a morte. Aqui temos uma
figura decorrente das relações que existiam nas sociedades escravocratas, pois,
a única certeza dos escravos é que morreriam. Tudo o que os escravos produziam,
pertenciam, por direito, a seu senhor:
"Não sabeis vós que a quem
vos apresentardes por servos, para lhe obedecer, sois servos daquele a quem
obedeceis, do pecado para a morte, ou da obediência, para a justiça?" (Rm 6:16).
Deus, sendo justo,
estabeleceu que:
·
A alma
que pecar, essa mesma morrerá, portanto, a pena não pode passar da pessoa do
transgressor: "Os pais não morrerão
pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada um morrerá pelo seu
pecado" (Dt 24:16).
·
Não pode
justificar o ímpio: "De palavras de
falsidade te afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque não
justificarei ao ímpio" (Êx 23:7).
·
Não faz
acepção de pessoas: "Pois o SENHOR,
vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande,
poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
recompensas" (Dt 10:17).
Todos os homens que veem ao mundo, independente das suas ações, são pecadores, ou seja, servos do pecado. Todos os descendentes de Adão estão condenados à morte, sem exceção. Todos os descendentes de Adão foram gerados segundo a carne, portanto, são carnais, e carne e sangue não podem herdar o reino dos céus (1Co 15:50).
Todos os homens que veem ao mundo, independente das suas ações, são pecadores, ou seja, servos do pecado. Todos os descendentes de Adão estão condenados à morte, sem exceção. Todos os descendentes de Adão foram gerados segundo a carne, portanto, são carnais, e carne e sangue não podem herdar o reino dos céus (1Co 15:50).
Estamos diante de um
impasse: como é possível esse Deus justo, justificar o ímpio? O que é
necessário para que Deus seja, simultaneamente, justo e justificador?
"Para demonstração da sua
justiça, neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador, daquele
que tem fé em Jesus" (Rm 3:26).
Deus não pode
negar-se a si mesmo, portanto, segundo a Sua palavra, Ele não justifica o ímpio
(Ex 23:7). Mas, o apóstolo Paulo, por sua vez, afirma categoricamente que Deus
justifica o ímpio: "Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça" (Rm 4:5).
Como inocentar um
culpado? Como perdoar o ímpio sem ser injusto?
Há outro problema:
a pena imposta ao pecador não pode ser paga por outro, pois a alma que pecar,
essa mesma morrerá (Ez 18:4 e 20).
A figura de um
homem carregando um fardo pesado de pecados não explica essas várias nuances
que envolvem a relação senhor/servo, pecado/pecador, por isso não deve ser
utilizada ou propagada.
Todos os homens são
concebidos em pecado, ou seja, sujeitos ao pecado. Da mesma forma que os filhos
dos escravos nasciam escravos, o homem é concebido servo do pecado. O único
modo de o homem ser livre do pecado é através da morte, por isso é dito
que 'o salário do pecado é a morte'.
Quando o homem
recebe o convite, que há no evangelho, e crê em Cristo, na verdade, seguiu após
Cristo, até o calvário, sendo crucificado com Ele, tornando-se participante da
morte de Cristo. O pecador, quando tem um encontro com Cristo, não deixa um
fardo ao pé da cruz, na verdade, deixa o seu corpo crucificado na cruz:
"Sabendo isto, que o nosso
homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito,
para que não sirvamos mais ao pecado" (Rm 6:6).
Quando o pecador é
crucificado com Cristo, Deus é justo, pois a pena, efetivamente, não passou da
pessoa do transgressor. Na morte do pecador com Cristo, Deus não justificou o
ímpio, antes o pecador sofreu a pena, pois a alma que pecar, essa mesmo
morrerá.
O batismo em Cristo
significa morrer com Cristo, não sepultar pecados. Em Cristo, o pecador é
declarado morto para o pecado, pois o corpo do pecado é desfeito e sepultado
(Cl 3:3).
"Ou não sabeis que todos
quantos fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?" (Rm 6:3)
Após o pecador ser
sepultado com Cristo, por intermédio d’Ele ressurge com Cristo, pela fé no
evangelho, um novo homem, criado segundo Deus, em verdadeira justiça e
santidade (Ef 3:24). Sómente após morrer com Cristo e ser sepultado, é que
ocorre o novo nascimento, passando a existir uma nova criatura: "Assim que,
se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis
que tudo se fez novo" (2Co 5:17).
"Sepultados com ele no
batismo, nele também ressuscitastes pela fé, no poder de Deus, que o ressuscitou
dentre os mortos" (Cl 2:12).
"De sorte, que fomos
sepultados com ele, pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida" (Rm 6:4).
Deus é justo, por
isso é necessário que o homem morra com Cristo, e é justificador, quando cria o
novo homem e o declara justo. O novo homem é livre do pecado e servo da
justiça. Como é impossível servir a dois senhores, o novo homem não é mais
pecador: "E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça" (Rm 6:18).
O pecado decorre da
semente, não do comportamento. Os nascidos da semente corruptível, a semente de
Adão, são pecadores. Já os nascidos da semente incorruptível, a palavra de
Deus, são santos, irrepreensíveis e inculpáveis, pois nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus: "Qualquer que é nascido de
Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar,
porque é nascido de Deus" (1Jo 3:9). "No corpo
da sua carne, pela morte, para, perante ele, vos apresentar santos,
irrepreensíveis e inculpáveis" (Cl 1:22).
Deus amou o mundo
Vale destacar que
os termos ‘pecador’ e ‘ímpio’ são intercambiáveis, pois o ímpio é pecador e
vice-versa: "Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos
ímpios" (Rm 5:6).
A frase “Deus
ama os pecadores, mas odeia o pecado” não está na Bíblia e nem
evidencia uma verdade das Escrituras. Deus é essencialmente justo e fidedigno à
justiça. Deus olha (mostra o seu favor) somente para os retos, consequentemente,
Deus não olha para os ímpios, pois olhar para o ímpio não é ser justo: “Porque o SENHOR
é justo e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos” (Sl 11:7).
O termo ‘amor’,
quando tem Deus por sujeito, não diz de um sentimento de afinidade, afeição,
carinho, afeto, antes, revela, essencialmente, o cuidado que Ele dispensa aos
que O obedecem: "O SENHOR guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios
serão destruídos" (Sl 145:20).
O cuidado, a
proteção, a fidelidade de Deus se faz presente somente naqueles que ouvem o
mandamento de Deus e creem: "A salvação está longe dos
ímpios, pois não buscam os teus estatutos" (Sl 119:155). Por
isso, é dito que Deus ama os que O amam e honra os que O honram, mas para os
ímpios é dito: não há paz! (Is 57:21)
Semelhantemente, o
termo ‘ódio’ quando tem Deus como sujeito, não possui o sentido de antipatia,
desgosto, aversão, raiva, rancor, horror, inimizade, execração, ira ou repulsa.
O termo é utilizado para fazer referência a justa retribuição que Deus dá aos
que são desobedientes à sua palavra: "Eis que vem o dia do SENHOR,
horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação e dela
destruir os pecadores" (Is 13:9).
Quem obedece, é
retribuido com salvação, aos pecadores, por sua vez, destruição. Se Deus amasse
o pecador, preservaria a vida do pecador, sem ser necessário morrer e ser
sepultado com Cristo. Mas, como é imprescindível o pecador ser batizado na
morte de Cristo para ressurgir uma nova criatura, certo é que Deus não ama o
pecador. "Mas, os transgressores e os pecadores, serão juntamente
destruídos; e os que deixarem o SENHOR serão consumidos" (Is 1:28). "Pois, eis
que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se
desviam de ti" (Sl 73:27).
Mas, alguém pode contra
argumentar utilizando a seguinte passagem bíblica:
“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
É em função deste
versículo que muitos dizem: - “Deus ama o pecador”.
Vamos analisar o
versículo? Esse verso é explicação do verso anterior, portanto não é uma
asserção independente do seu contexto, em decorrência do ‘Porque...’. O que diz
o verso anterior?
“Para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:15).
O evangelista João
estava explicando que, assim como Moisés levantou a serpente de metal no
deserto, para que aqueles que foram picados pelas serpentes olhassem para ela,
a fim de serem curados, importava que o Filho do homem, também, fosse levantado
(morto).
O motivo de Cristo
ser levantado da terra é para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas
tenha a vida eterna. Semelhantemente, era necessário que os picados pelas
serpentes cressem na palavra anunciada por Moisés para não morrerem, pois assim
foi anunciado: "E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente e põe-na
sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para
ela" (Nm 21:8).
Mas, para que a
palavra de Deus tivesse efeito sobre os mortalmente picados, a serpente de
metal precisava ser erguida por Moisés. Se Moisés não levantasse a serpente de
metal não haveria cura e os picados, por sua vez, deveriam crer na palavra dita
por intermédio de Moisés e olharem para serpente de metal, erguida segundo a
palavra de Deus.
E como Deus amou o
mundo? Dando o seu Filho Unigênito! Esse amor diz de afeição? Não! O amor de
Deus diz do mesmo amor com que Jesus amou o Jovem rico:
"E Jesus, olhando para ele, o
amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens e dá-o aos
pobres e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me" (Mc 10:21).
Jesus amou o Jovem
rico dando, um mandamento: - “Vai, vende tudo quanto tens...”. Jesus não
estava afeiçoado ao rapaz, não tinha predileção e nem estimava aquele jovem,
antes deu um mandamento, para ser Senhor daquele homem rico. Se acatasse o
mandamento de Cristo, aquele jovem se faria servo, ou seja, se humilharia a si
mesmo e Cristo tornar-se-ia seu Senhor. Entre Jesus e o jovem rico, dar-se-ia a
mesma relação que havia entre Jesus e Deus:
"Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (Jo 15:10).
Se Cristo é Senhor,
os homens devem obedecê-Lo: “E por que me chamais, SENHOR,
Senhor, se não fazeis o que eu vos digo?” (Lc 6:46).
Quando o
evangelista João disse que Deus amou ao mundo, na verdade estava evidenciando
que Deus estava dando um mandamento a todos os homens, mandamento esse que
demanda obediência. Quando o evangelista João disse que Deus deu o seu Filho
unigênito, estava anunciando o mandamento de Deus: crer naquele que Ele enviou!
Outra questão que
se faz necessário observar no versículo é que Deus amou O MUNDO, não indivíduos.
Ao enviar o Seu Filho, Deus deu o mesmo mandamento para todos os homens, ou
seja, não há acepção de pessoas. Cristo ter sido enviado ao mundo, demonstra
que Deus não tem preferência por ninguém.
O amor de Deus pela
humanidade já havia sido expresso a Abraão, quando foi dito: “... em ti serão
benditas todas as famílias da terra" (Gn 12:3). Semelhantemente,
Deus amou os filhos de Israel e, por isso, foram resgatados do Egito,
entretanto, o amor de Deus estava no mandamento que deviam seguir e, como não
obedeceram, pereceram no deserto (Dt 7:8). Deus não amou a indivíduos, mas a
nação, em função da promessa dada a Abraão, agora, cada indivíduo da nação de
Israel deveria permanecer no amor de Deus, obedecendo ao Seu mandamento (Dt
4:1).
Deus amou todas as
famílias da terra, assim como amou a Israel, de modo que, para ter vida eterna,
se faz necessário crer em Cristo (o mandamento de Deus na Nova Aliança), assim,
como era necessário ouvir e cumprir todos os mandamentos e estatutos da Antiga
aliança (Jo 3:16 e Dt 4:1; 1Jo 3:23).
Quando lemos: Deus
amou o mundo, temos que ter esse versículo em mente:
"Porque este é o amor de
Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são
pesados" (1Jo 5:3).
E qual é o
mandamento de Deus?
"E o seu mandamento é este:
que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros,
segundo o seu mandamento" (1 Jo 3:23)
A salvação em
Cristo se dá por substituição de ato. Adão desobedeceu ao mandamento de Deus no
Éden, e Cristo foi obediente ao pai em tudo (Rm 5:19). Agora, para ser salvo, é
necessário obedecer ao mandamento de Deus, por isso o Salmista pede um
mandamento:
"Sê tu a minha habitação
forte, à qual possa recorrer continuamente. Deste um mandamento que me salva,
pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza" (Sl 71:3).
Vale destacar que o
termo ‘mundo’ em João 3, verso 16 tem o sentido de ‘toda criatura’, ‘todos os
povos’, evidenciando que Deus não faz acepção de pessoas, ou seja, deviam
pregar para judeus e gentios da mesma forma que Deus amou judeus e
gentios: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura" (Mc 16:15; Mt 28:19; Cl 1:23; At 10:34).
Deus ‘odeia’ o
ímpio e ‘ama’ o justo
"O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a
sua alma odeia" (Sl 11:5)
Quando é dito que
Deus ‘prova’ os justos (צַדִּ֪יק), significa que é Ele quem purifica os justos,
assim como se purifica a prata: "Pois tu, ó Deus, nos
provaste; tu nos afinaste como se afina a prata" (Sl 66:10; Is
1:25; Sl 51:2). Neste verso, ‘prova’ não é sinônimo de provação, aflição, mas,
sim, de redenção.
Tanto o ouro,
quanto a prata, se purificam com meios específicos, já o coração do homem, só
Deus pode purificar: "O crisol é para a prata e o forno para o
ouro; mas, o SENHOR é quem prova os corações" (Pv
17:3). "Tenha já fim a malícia dos ímpios; mas estabeleça-se o justo; pois
tu, ó justo Deus, provas os corações e os rins" (Sl 7:9).
A partir do momento
que o homem (pecador) ama a justiça, ou seja, obedece à palavra de Deus, Deus o
purifica e o torna justo. É só o homem reconhecer a sua cegueira e se humilhar
(se fazer servo), debaixo das potentes mãos de Deus, guardando os Seus
mandamentos, que será amado por DeusL "Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor" (Jo 15:10). “O SENHOR
abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os
justos" (Sl 146:8).
Se o pecador
guardar os mandamentos de Deus, ou seja, esconder a Sua palavra no coração,
deixará de pecar (não mais será servo do pecado) e passa à condição de justo.
Como a boca fala do que o coração está cheio, transbordará a boca do justo de
sabedoria e juízo: "A boca do justo fala a sabedoria; a sua língua fala do juízo" (Sl 37:30). "Escondi
a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" (Sl 119:11).
Antes de ter um
encontro com Cristo, o homem é nomeado pecador, mas após obedecê-Lo, crendo que
Ele é o Filho de Deus, passa à condição de justo.
O uso do termo
‘pecador’ é semelhante ao uso do termo ‘náufrago’. Enquanto alguém está à
deriva no mar, é um náufrago, mas após ser resgatado, tornou-se passageiro da
embarcação. O título de náufrago já não se aplica a quem foi resgatado.
Semelhantemente, quando servo do pecado, o homem é pecador, mas após deixar a
servidão do pecado, é servo da justiça, portanto, justo e amado de Deus.
Mas, aos ímpios, ou
seja, aqueles que não obedecem a Deus (amam a injustiça), Deus os odeia: "Os
arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o
mal" (Sl 5:5).
Como Deus poderia
amar os que amam a injustiça? Ele é claro: "Eu amo aos que me amam, e os
que cedo me buscarem, me acharão" (Pv 8:17), ou: "Portanto,
diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa
de teu pai andariam diante de mim, perpetuamente; porém, agora, diz o SENHOR:
Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me
desprezam, serão desprezados" (1 Sm 2:30).
Podemos dizer que
‘Deus ama o pecador’? Teologicamente tal asserção é equivocada, porém, na
linguagem evangelística é plenamente aceitável, desde que você aponte o
mandamento de Deus: crer em Cristo, assim como Jesus fez com o Jovem rico,
quando o amou dizendo: - ‘Falta-te uma coisa: vai, vende
tudo quanto tens e dá-o aos pobres...’ "E Jesus, olhando para ele, o
amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos
pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me" (Mc 10:21).
O evangelista deve
saber qual é o amor de Deus, antes de dizer aos pecadores: - ‘Jesus te ama’.
"Porque este é o amor de
Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são
pesados" (1 Jo 5:3).
Deus não justifica
o ímpio, mas podemos dizer, evangelisticamente, como o apóstolo Paulo disse,
que Deus justifica o ímpio, desde que não deixemos de enfatizar que é
necessário crer: "Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça" (Rm 4:5). "De
palavras de falsidade te afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque
não justificarei o ímpio" (Êx 23:7).
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