a paz
seja convosco amém
postemos esse estudo sobre os deveres das mulheres
dos servos de deus.
esse
veio do pastor luciano subirá.
A mulher também tem deveres a cumprir no casamento. Suas
responsabilidades matrimoniais incluem:
1. Ser ajudadora
2. Ser submissa
3. Ser administradora do lar
4. Ser amante, quer dizer a todo momento a única namorada de seu marido
A ESPOSA DEVE SER AJUDADORA DE SEU MARIDO
Destacaremos, como primeiro dever da esposa, a responsabilidade de ser
uma ajudadora de seu marido, uma vez que esta é a primeira menção que o próprio
Criador faz acerca de seu papel no matrimônio:
“Disse
mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora
que lhe seja idônea.” (Gênesis 2.18)
Isso não apenas reforça o fato de que a liderança do lar pertence ao
homem na condição de cabeça, como também ressalta a importância da mulher no
contexto matrimonial. Quando ensino (ou mesmo apenas comento) o fato do homem
ser o cabeça do lar, lamentavelmente percebo que, aos olhos de alguns, tanto
homens como mulheres, isso soa com um certo tom depreciativo, quase como se a
mulher fosse uma mera espécie de “serviçal”. E o fato é que esta visão
distorcida tem roubado não apenas aqueles que a possuem, como também ao seu
próprio matrimônio! Creio que, ao definir a mulher como ajudadora, Deus não a estava
rebaixando; pelo contrário, Ele estava justamente exaltando-a. Gosto de um
termo que meu pai, ao pregar sobre família, usava em relação a este assunto;
ele dizia que a mulher ocupa a função de “vice-presidente” do lar. Ou ainda,
usando a analogia de um avião (onde agora escrevo este capítulo), ela poderia
ser qualificada como “co-piloto” e não apenas como uma “comissária de bordo”
(também não estou desmerecendo esta função, só destacando a distinção
hierárquica que encontramos entre estas duas funções).
Ao reconhecer que o homem precisava de uma ajudadora, Deus definiu não
apenas a incapacidade do homem de fazer tudo sozinho como também revelou que
não havia ninguém mais qualificada para exercer este papel de ajudadora do que
a mulher. Em outras palavras, Deus estava declarando que a mulher tem algo a
oferecer para o andamento do lar que o homem não tem!
Estar sob um cabeça (uma autoridade) não desmerece ninguém! O marido tem
como seu cabeça a Cristo e o próprio Cristo tem como cabeça a Deus Pai (1 Co 11.3)
e, embora haja clara distinção na cadeia de comando e distribuição de tarefas
entre a Trindade, nem Jesus e nem o Espírito Santo são apresentados como
“menos-Deus” do que o Pai. Pelo contrário, a Bíblia os apresenta como um só
Deus (Ef 4.4), assim como também diz que o marido e sua esposa são um.
Ajudando na tomada de decisões
Embora muitos maridos de “cabeça-dura” não entendam isto, Deus criou a
mulher para ajudá-lo em tudo, até no governo do lar – obviamente não usurpando
sua autoridade, mas contribuindo com a sugestão de bons conselhos. Precisamos
desenvolver no lar a visão de equipe. Além da própria Trindade (modelo para nós
nesta questão), vemos no Novo Testamento que as igrejas eram governadas pelos
presbíteros (1 Tm 5.17) que compunham as equipes ministeriais; note o aspecto
plural quando as Escrituras mencionam os presbíteros e você vai descobrir que
ninguém estava no governo de uma igreja sozinho. Os lugares onde isto parece
ter acontecido sempre demonstravam ter distorções (3 Jo 9). Contudo, vemos nos
capítulos dois e três do livro de Apocalipse que, ao tratar com aquelas sete
igrejas da Ásia, o Senhor Jesus se dirigia ao “anjo”, ao “mensageiro” da
igreja. Este fato nos faz perceber que dentro de uma equipe ministerial há
sempre o que chamamos de uma “voz maior”, alguém encarregado de uma
responsabilidade maior (e que também será cobrado por Deus em um nível
diferenciado). Em nossas igrejas, denominamos esta pessoa como o
“presbítero-sênior”. Ele não governa sozinho, porque sabe que isto é contrário
à sabedoria divina (Pv 18.1) que nos ensina que a sábia direção está na
multidão de conselheiros” (Pv 11.14). Contudo, nenhum dos conselheiros podem
usurpar sua autoridade e a responsabilidade de tomar a decisão correta será
cobrada do líder, não de seus ajudadores.
Entendo que no casamento temos algo parecido. A visão bíblica do homem
como cabeça do lar não é algo do tipo “o homem sabe tudo e a mulher fique de
boca fechada”. Pelo contrário, a Palavra de Deus nos mostra claramente que o
homem não está sempre certo, e precisa de conselhos (obviamente não de uma
mulher que “tome as rédeas” do lar). Se Nabal tivesse ouvido sua mulher
Abigail, não teria experimentado o fim trágico que teve por ser tão cabeça-dura
(1 Sm 25.37,38). Penso que esta é a razão pela qual temos tantos exemplos
bíblicos neste sentido que nos foram registrados.
Veja a questão de Pilatos, por exemplo. Tirando o fato de que a farsa de
seu julgamento nos proporcionou o sacrifício de Cristo (o que nenhum de nós
jamais achará ruim), vemos como Deus foi justo com ele. Sua mulher mandou-lhe
um recado importantíssimo na hora do julgamento:
“E,
estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse
justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito”. (Mateus 27.19)
Aquele governador romano estava para cometer o que, talvez, possa ser
chamada de a maior injustiça não só da história dos tribunais de Roma, mas de
toda a humanidade (e em todos os tempos) e, ainda assim, Deus procura usar a
esposa deste homem para adverti-lo! O fato dela dizer que sofreu nos sonhos,
chamar Jesus Cristo de justo, pedir ao esposo que não se envolvesse, tudo me
faz entender que ela recebeu uma advertência divina. Paulo diz aos coríntios
que, se os poderosos deste mundo (o que é clara referência às autoridades
judaicas e romanas) tivessem conhecido ao Senhor da Glória, jamais o teriam
crucificado. Isso mostra que, mesmo a Escritura prevendo como estes homens
errariam, não foi Deus quem os induziu a isto. Ao contrário, Ele até mesmo
advertiu Pilatos quanto ao que ele estava por decidir.
Mas o ponto principal que destacar neste ocorrido é o seguinte: se a
mulher aconselhar e advertir seu esposo, quanto a uma decisão a ser tomada, ela
está errando? Ela está desrespeitando sua autoridade? É claro que não! Se fosse
errado Deus não teria falado com ela! E há outros exemplos na Palavra de Deus
sobre a mulher participar (com sua opinião e conselho) da decisão a ser tomada
pelo marido. É o caso de Abraão e Sara, por exemplo. Na hora de tomar a decisão
de mandar Agar e Ismael para longe de Isaque, o patriarca fica com o coração
pesado e sua esposa o encoraja a tomar a decisão; então Deus fala com ele
acerca do assunto:
“Disse,
porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da
tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será
chamada a tua descendência”. (Gênesis 21.12)
Ao dizer “atende a Sara em tudo o que ela te disser”, o Altíssimo, em
outras palavras, estava dizendo a Abraão: “sua mulher está certa, está coberta
de razão; e você deve ouvir seu sábio conselho”. Se fosse inaceitável que a
mulher ajudasse ao marido, com sábios conselhos, quanto a tomar a decisão
correta em seu governo do lar, você acredita que o Criador da família falaria
assim com Abraão?
Isso não significa que a esposa tenha sempre a razão, da mesma forma
como o marido também não tem, pois nenhum ser humano, em sua limitação e
falibilidade, tem esta capacidade! O que estou dizendo é que há uma clara
sinalização bíblica de que, no mínimo, a mulher possa opinar para ajudar seu
marido nas escolhas. Falarei mais adiante acerca da importância do acordo entre
o casal, mas aqui quero apenas destacar a participação da mulher como
ajudante-conselheira do marido.
O papel de ajudadora da mulher é mais do que participar na distribuição
de tarefas. Envolve também, além da função de conselheira, o aspecto de
encorajadora. O marido não pode edificar seu lar sozinho, isso é algo muito
claro na Palavra de Deus:
“A
mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a
derriba”. (Provérbios 14.1)
Algo que a mulher, na condição de ajudadora, deve entender é que ela tem
uma grande capacidade de edificar ou derrubar sua casa (não o prédio onde
moram, mas o lar). Infelizmente, algumas esposas não tem sabedoria alguma – nem
reconhecem que deveriam estar buscando por sabedoria através de conselhos de
pessoas mais experientes (Tt 2.3-5) e mediante oração (Tg 1.5).
Muitos maridos não recebem nenhum encorajamento e motivação para nada na
vida por parte de suas esposas; elas são, mulheres insensatas que estão, aos
poucos, levando seu lar abaixo! Por outro lado, a mulher sábia sempre ajudará
na edificação do seu lar, fazendo jus ao célebre ditado: “por trás (eu prefiro
a expressão ‘ao lado’) de um grande homem, sempre há uma grande mulher”. O que
me faz lembrar a declaração de Matthew Henry: “A mulher foi feita de uma
costela tirada do lado de Adão; não de sua cabeça para governar sobre ele, nem
de seu pé para ser pisada por ele; mas de seu lado, para ser igual a ele,
debaixo de seu braço para ser protegida, e perto de seu coração para ser
amada.”
A ESPOSA DEVE SER SUBMISSA A SEU MARIDO
Um dos deveres claramente abordados na Palavra de Deus é o de que a
esposa deve submeter-se ao seu marido. E isto envolve mais do que respeito,
reflete o entendimento de governo do lar e da cadeia de comando estabelecida
pelo Senhor:
“As
mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido
é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo
o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também
as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” (Efésios 5.22-24)
A expressão “cabeça” aponta para a questão da liderança. E nós, que
tememos a Deus e sabemos que devemos andar na Sua Palavra, não podemos nos
amoldar aos valores mundanos de nossos dias de que não há distinção entre o
homem e a mulher no casamento. Há uma forma correta de andar no Senhor:
“Esposas,
sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor”. (Colossenses 3.18)
É lógico que, do ponto de vista do valor que cada um de nós tem aos
olhos de Deus, não há distinção alguma entre homem e mulher (Gl 3.28).
Entretanto, as autoridades foram instituídas por Deus (Rm 13.1) e devemos
respeitá-las! E isto não significa que, diante de Deus, as autoridades sejam
pessoas de maior valor. Significa apenas que, em matéria de governo, elas estão
numa posição diferenciada das demais (que são tão valiosas aos olhos de Deus
como as que estão investidas de autoridade).
E, em matéria de governo do lar, o homem é e será sempre o cabeça, não a
mulher. Esta ordem na cadeia de comando nunca pode ser quebrada. O apóstolo
Paulo ensinava e determinava que a mulher não exercesse autoridade sobre o
marido:
“A
mulher deve aprender em silêncio, com toda a sujeição. Não permito que a mulher
ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio”. (1
Timóteo 2.11,12 – NVI)
Apesar da Versão Revista e Atualizada de Almeida apresentar a frase “não
permito que a mulher exerça autoridade DE homem”, dando a entender que só o
homem pode fazer isto, as versões em português NVI (Nova Versão Internacional),
as versões de Almeida REVISADA (IBB) e CORRIGIDA (SBB), a versão espanhola de
Reina Valera, a versão italiana de Giovanni Diodati, as versões inglesas King
James, American Standard, Webster e várias outras enfatizam a mulher não poder
exercer autoridade SOBRE o marido, o que permite que as mulheres ensinem e
exerçam autoridade sobre os que não são seus maridos. Se a mulher nunca pudesse
ensinar ou exercer autoridade sobre nenhum homem, seria contraditório o que a
Bíblia revela acerca de Débora, profetiza e que foi juíza em Israel.
Entendemos que a afirmação de Paulo a Timóteo significa, portanto, que em
hipótese alguma, nem mesmo no exercício do ministério, a mulher pode usurpar a
autoridade do marido – que é o cabeça do lar. Esta é a razão pela qual, ainda
que eu creia no ministério das mulheres e as reconheça no pastorado, NUNCA, em
nosso ministério estabelecemos uma mulher com autoridade pastoral sem que o
marido também o seja estabelecido. Não é bíblico, nem mesmo na Igreja,
estabelecer uma mulher em posição de autoridade sobre seu esposo!
Mesmo se o marido não é cristão, o apóstolo Pedro ainda o reconhece como
cabeça do lar, a quem a mulher deve ser submissa (assim como os homens devem se
submeter aos governantes mesmo que eles não sejam cristãos):
“Mulheres,
sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda
não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento
de sua esposa.” (1 Pedro 3.1)
Penso que a palavra submissão deva ser melhor entendida. A palavra
“submissão” que foi traduzida do original grego é “hupotasso”, e significa: 1)
organizar sob, subordinar; 2) sujeitar, colocar em sujeição; 3) sujeitar-se,
obedecer; 4) submeter ao controle de alguém; 5) render-se à admoestação ou
conselho de alguém; 6) obedecer, estar sujeito. E, de acordo com o Léxico de
Strong, ainda há uma importante observação acerca do uso desta palavra na
época: “Um termo militar grego que significa ‘organizar [divisões de tropa]
numa forma militar sob o comando de um líder’. Em uso não militar, era ‘uma
atitude voluntária de ceder, cooperar, assumir responsabilidade, e levar um
carga’.”
Quando olhamos para o conceito da palavra submissão, pode parecer
exagerado e até assustador (mais para as mulheres do que para os homens). Mas
devemos lembrar que a mulher deve se sujeitar ao marido como a Igreja se
sujeita à Cristo (Ef 5.22-24). Em contrapartida, o marido deve governar e
exercer sua autoridade como Cristo! E quando olhamos para a liderança de Jesus
não vemos uma atitude de domínio, mas uma liderança servidora. Assim como Pedro
advertiu os presbíteros a não serem dominadores do povo que governam (1 Pe
5.3), entendo que também o marido não deve ser um controlador. Autoridade é
liderança funcional, não domínio (já detalhamos isto no capítulo anterior).
No entanto, mesmo que o marido não levante um cetro de domínio em sua
casa, sua autoridade deve ser respeitada. Paulo advertiu que quem resiste à
autoridade traz sobre si condenação (Rm 13.2). Assim como os filhos devem honra
aos pais, e isto traz bênçãos sobre suas vidas (Ef 6.1-3), também a esposa deve
respeito ao seu marido (Ef 5.33) e isto também trará bênçãos sobre sua vida!
A MULHER DEVE SER ADMINISTRADORA DO LAR
Nesta parceria do casamento temos o homem como cabeça e a mulher como
sua ajudadora. Isto significa não apenas o auxilio da esposa por meio de
conselhos, como também envolve distribuição de tarefas a cada um dos cônjuges.
O fato do homem ser o responsável pelas decisões não significa que ele tenha
que centralizar as tarefas. Algumas delas são claramente designadas às
mulheres. Por exemplo, de quem é a responsabilidade de administrar o lar?
A Bíblia refere-se às mulheres como “donas de casa”; encontramos este
tipo de afirmação tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento. A viúva
que hospedou Elias foi chamada assim (1 Re 17.17) e na epístola de Paulo a
Tito, as mulheres, de forma generalizada também são assim denominadas (Tt 2.5).
Isto não quer dizer que a casa seja só delas, mas que o dever e a
responsabilidade do cuidado e condução do lar (com suas tarefas) pertence à
esposa.
Encontramos textos bíblicos que falam do homem cuidando dos “trabalhos
de fora” (Pv 24.27), que na época envolviam a lavoura, a caça e os negócios a
serem feitos. É por isso que a mulher adúltera mencionada no Livro de
Provérbios refere-se ao marido que foi viajar (Pv 7.19,20), porque isto era
dever do homem e não da mulher. E quem cuidava da casa e dos filhos na ausência
do marido (que tem como um dos seus deveres ser o provedor do lar) era a
mulher.
O trabalho da mulher sempre foi uma parceria com o homem. Ele caça e
pesca, ela cozinha. Ele apascenta o rebanho e ela cuida da tosquia e de
recolher o leite. Ele colhe o fruto da terra e ela prepara. Ele traz tecido ou
couro e ela confecciona as roupas. Os detalhes da economia, do funcionamento da
industria e do ganho do pão diário mudaram muito, mas a ideia divina de
parceria permanece a mesma!
O Livro de Provérbios apresenta uma mulher que conduz com maestria a
administração de seu lar:
“Mulher
virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração
do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não
mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as
mãos. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se
levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Examina uma
propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho. Cinge
os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a
sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na
roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. No tocante à sua
casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si
cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os
juízes, quando se assenta com os anciãos da terra. Ela faz roupas de linho
fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus
vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria,
e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua
casa e não come o pão da preguiça”. (Provérbios 31.10-27)
Penso que a frase “atende ao bom andamento da sua casa” deixa muito
claro este papel da administração do lar. Fico cansado só de ler esta lista de
trabalho! É por isso que o texto diz acerca da mulher virtuosa: “e não come o
pão da preguiça”. O trabalho do lar não é leve e nem tampouco insignificante.
Não é tarefa para alguém despreparada. Se a mulher ajudar o marido na
administração financeira, certamente fará com os ganhos familiares se
multipliquem!
A mulher ser boa dona de casa é algo que se aprende. E também era parte
da mensagem pregada pela Igreja do Senhor Jesus desde o seu início:
“Quanto
às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não
caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de
instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem
sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que
a palavra de Deus não seja difamada”. (Tito 2.3-5)
Alguns grupos cristãos são contrários à ideia das mulheres trabalharem
fora. Não estou advogando isto, em hipótese alguma. A parceria de trabalho do
casal, que apresentamos há pouco, mostra as mulheres desempenhando tarefas de
alta responsabilidade e, com a mudança de configuração atual do modelo de
trabalho e sustento, é justo que o envolvimento da mulher num mercado de
trabalho também mude. Por exemplo, é evidente que elas já não tecem com as mãos
toda a roupa da casa!
Penso que a questão a ser abordada não é a esposa trabalhar ou não fora,
e sim se o fato de trabalhar fora irá interferir em seus deveres como esposa (e
mãe). Ao falar sobre o dever dos maridos, como provedores do lar, comentei que
há muitas situações em que a mulher também trabalha fora e coopera com o
sustento da casa. Não creio que isto seja errado desde que o cuidado do marido
e dos filhos não seja comprometido (o que, infelizmente, não tem acontecido com
muitos casais que trabalham fora).
Quando Kelly e eu nos casamos, ela cursava a faculdade pelas manhãs,
trabalhava às tardes e me ajudava no ministério às noites. E é lógico que eu,
por outro lado, a auxiliava nas tarefas do lar, limpando a casa, fazendo
compras, cozinhando (muito pouco), lavando a louça e as roupas (a exceção
ficava por conta de passar a roupa que, antes de casar, prometi a ela só fazer
em situações de extrema emergência). Acredito que se é correto a mulher ajudar
o marido a trazer o sustento para o lar, também é correto que o marido a
auxilie com os filhos e as tarefas da casa. Embora vale ressaltar que nossos
acordos nesta distribuição de tarefas sempre se ajustou em períodos em que
pudemos contratar alguém para trabalhar em nossa casa ajudando-nos
principalmente com as questões da limpeza.
Porém, quando nossos filhos nasceram, ajustamos algumas coisas para que
a Kelly não negligenciasse seu papel de mãe (o que ela sempre fez
fantasticamente bem); ela concluiu seus estudos e passou a trabalhar somente às
tardes e sair bem menos do que antes às noites. Como minha esposa é pedagoga e
trabalhava sempre no horário em que matriculamos as crianças na escola, seu
tempo fora de casa nunca interferiu no cuidado das crianças (aliás as crianças
só estudavam na escola em que ela trabalhava, portanto sempre estavam indo e
voltando juntos). Mesmo hoje, no ministério em tempo integral, salvo raras
exceções, a Kelly dedica as manhãs para os filhos e a casa.
A MULHER DEVE SER AMANTE DE SEU MARIDO
Na Lei de Moisés houve permissão tanto para o divórcio como para a
poligamia (embora esta permissão envolvia o curioso fato de um homem ter mais
de uma esposa mas nunca uma esposa ter mais de um marido). Porém, já vimos que
Jesus declarou que Moisés permitiu estas coisas pela dureza do coração do homem
e enfatizou que não foi assim no começo (nem seria mais assim a partir de
então). O fato é que quando Deus criou Adão o presenteou com uma única esposa.
O plano divino é que cada marido tenha sua esposa e que casa esposa
tenha seu marido, pois o que foge disto é prostituição (1 Co 7.1,2). Porém,
vale destacar que, justamente depois de estabelecer este fundamento de
monogamia (e derrubar a prática da poligamia mostrando ser ela nada menos que
prostituição), o apóstolo Paulo ensina uma das coisas mais importantes para
proteger o matrimônio (agora do adultério, outra forma de impureza): uma vida
sexual saudável, com fidelidade e também com intensidade – com qualidade e
também com quantidade!
Falarei mais adiante (em dois capítulos) sobre este dever conjugal do
sexo. Mas quero deixar aqui uma palavra de advertência às esposas. É claro que,
sempre que generalizamos, acabamos sendo injustos com alguns. Mas, se o
conselho serve para a maioria, deve ser dito. Se não servir para você,
pessoalmente, pode ao menos ajuda-lo a entender e ajudar os outros. O recado é
o seguinte: muitas mulheres (cristãs) estão “empurrando” seus maridos
(cristãos) para o adultério! Paulo declarou algo importante sobre a intensidade
e frequência do ato conjugal que muitos casais não tem dado atenção:
“Não
vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo,
para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não
vos tente por causa da incontinência.” (1 Coríntios 7.5)
Deus mandou suprir esta necessidade de seu cônjuge, não mandou você
boicotá-lo! Negligenciar a intimidade é dar brecha para que o inimigo entre num
casamento. Mas muitas mulheres acham que devem decidir se o marido merece o
momento de intimidade… Sexo é dever, é dívida! Se fluir em amor e romantismo,
melhor. Se não, com o perdão da expressão, que seja o cumprimento do dever!
Deixe-me dizer-lhe uma coisa: muitas mulheres que acham que o sexo deve
ser uma recompensa ao comportamento do marido estão, na verdade, se
prostituindo. Sei que isto parece muito chocante para algumas irmãs, mas
deixe-me expor o raciocínio antes de você se defender. Ao agir assim, estas
esposas estão se vendendo em troca de um presente, de um favor, de uma atitude…
Pode não ser por dinheiro, mas elas estão se vendendo! O sexo não é um negócio,
mesmo que a “moeda” de troca seja emocional. Não pode ser fruto de uma
mentalidade sanguessuga; é uma entrega, é uma expressão de amor (sacrificial,
se for o caso), é uma doação – não uma venda (pois a partir do momento que tem
haver algum tipo de pagamento, ainda que emocional, tornou-se uma venda).
Sei que há exceções, mas via de regra, as mulheres se omitem mais nesta
área do que os homens. A explicação pode ser só natural, como diz o casal
australiano Alan e Bárbara Pease (“Porque os homens fazem sexo e as mulheres
fazem amor” – Editora Sextante) que afirmam o hipotálamo (região neurológica
ligada ao apetite sexual) do homem chega, em alguns casos, a ser dez vezes mais
desenvolvido que o da mulher.
De qualquer forma, independentemente de ser homem ou mulher, ou mesmo de
qual seja o “ritmo” de cada um, a frequência da vida sexual deveria ser
determinada não pelo seu próprio desejo, e sim pela necessidade de seu cônjuge.
Lembrando também de outro valor bíblico:
“A
alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.”
(Provérbios 27.7)
Se você mantém seu cônjuge saciado, suprido, pode surgir as mais
tentadoras propostas de infidelidade e ele certamente vai pisá-las. Entretanto,
para aquele que não tem sido suprido, qualquer oportunidade de pecado que
surgir, e digo qualquer mesmo, pode ser muito atraente e sedutora!
A palavra hebraica traduzida para a alma “farta” é “ebs”, e significa:
“saciado, satisfeito, empanturrado, farto”. A mulher deve proteger seu marido
de outras mulheres e da tentação maligna não só orando por ele, mas servindo-o
muito bem nesta área.
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